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Vênus retorna ao céu do Anoitecer

Vênus retorna ao céu do anoitecer, mas o período não favorece muito a observação do planeta para quem se localiza-se mais ao Sul do Brasil.

Vênus volta a transitar ao anoitecer a partir dessa semana, o planeta que passou boa parte do segundo semestre de 2017 e os primeiros meses desse ano no alvorecer agora retorna para mais uma passagem pelo quadrante oeste.

É nessa parte do céu em que o planeta fica mais a vista dos observadores, por aparecer no começo da noite, quando boa parte dos aficionados pelo céu estão fazendo suas observações.

Como o planeta está vindo de “traz do Sol para frente”, Vênus aparece com sua face toda iluminada nos primeiros meses, e ao longo de sua travessia pelo nosso céu o planeta vai ficando cada vez menos iluminado, indo da fase cheia para a fase crescente.

O planeta ainda está muito baixo no horizonte, pois faz pouco tempo que o planeta passou por sua conjunção superior, é quando o planeta se posiciona “atrás” do Sol em relação a Terra.

Dependendo da região do Brasil observar o planeta nesses próximos meses não será tão fácil assim, isso por que dependendo da latitude do observado o planeta pode ser visto movimentando-se mais horizontalmente do que verticalmente.

Nessa época do ano próximo do equinócio do outono a eclíptica tem uma maior inclinação em relação a linha do equador quando esta é vista a 90 graus do Sol, isso serve também para o equinócio da primavera, só que a inclinação é invertida.

 

Para entendermos melhor vamos avançar até o dia do equinócio de outono, que esse ano acontece dia 21 de Março. Nesse dia o Sol cruza a Linha imaginaria do equador, se nós pudéssemos observar tanto a linha do equador como a da eclíptica, veríamos nesse dia as duas linhas se cruzando no céu com o Sol bem no meio da interseção.

A 90 graus da posição do Sol tanto para leste como quanto para oeste as duas linhas estariam em sua máxima distancia, só que a leste a linha da eclíptica estaria a norte da lina do equador e a oeste a eclíptica estaria mais ao sul da linha do equador, e a 180 graus elas voltariam a se encontrar.

Se observarmos o Sol dia após dia notaremos que a partir da data do equinócio de outono ele fica cada vez mais ao norte da linha do equador, lógico que não poderemos ver essa linha pois ela é imaginaria, mas se compararmos a altura do Sol em relação a um prédio ou poste ou até mesmo ao horizonte oeste perceberemos seu deslocamento.

Uma experiência muito simples e fácil de fazer para ver o seu deslocamento em relação a linha do equador é marcar sua sombra na terra usando uma haste, podendo ser um cabo de vassoura ou algo parecido, fixando está haste no chão e sempre no mesmo horário de preferência meio dia marcando a distância da sombra desta haste em relação a sua base poderemos notar o seu deslocamento latitudinal .

No dia do solstício de Inverno aqui no hemisfério sul, o sol atinge a maior distância em relação a linha do equador, isso quer dizer que se observarmos o Sol nesse dia e nós pudéssemos ver as duas linhas no céu, veríamos a linha da eclíptica mais ao norte enquanto a linha do equador permaneceria na mesma posição em que estava no equinócio.

A 90 graus da posição do Sol, tanto para leste quanto para oeste a eclíptica cruzaria com o equador, e veríamos sua interseção ao anoitecer e ao amanhecer, a 180 graus as duas linhas voltariam a distância máxima só que em posição inversa, com a eclíptica mais ao Sul.

 

É por isso que vemos as constelações do Zodíacos como Touro e Gêmeos no verão mais próxima ao hemisfério norte e as constelações de Escorpião e Sagitário mais alto no céu no inverno próximo da meia-noite nos dias dos solstícios.

Assim nessa época do ano como (fevereiro; março; abril) quando a eclíptica está mais afastada em relação ao equador, mais para o norte vemos os planetas internos como Vênus e Mercúrio transitarem muito próximo do horizonte por muito mais tempo, isso porque suas órbitas estão quase que paralelo ao horizonte oeste, ( na direção norte).

Para se ter uma ideia o planeta Vênus se deslocará 17° horizontalmente e apenas 7° verticalmente nesse próximo mês.

Em alguns casos o planeta Mercúrio ao transitar no céu do oeste por esse período passa despercebido aos olhos dos observadores, pois o planeta não consegue ganhar altura e fugir da claridade do dia.

A partir de Maio o planeta começa a ganhar altura devido ao seu afastamento em relação ao Sol e devido a eclíptica está mais perpendicular ao horizonte.

Só que essa dificuldade ocasionada pela inclinação axial da Terra é maior em latitudes mais afastadas do equador, quem se localiza em cidades como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre só conseguirá observar melhor o planeta a partir de Maio.

Em agosto o planeta chega a sua máxima elongação e junto podemos ver a eclíptica em sua maior angulação em relação ao horizonte, é quando podemos observa-lo mais alto no céu, a quase 45° do horizonte.

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